Alemanha: termo germânico significando “terra de todos os homens” ou “nossas muitas tribos”. Pode também derivar da tribo dos alamanos (ou suevos), uma tribo germânica do sul.
Angola: a partir de “n'gola”, um título usado pelo monarca do reino pré-colonial de N'dongo, localizado onde hoje é Angola. Os portugueses nomearam a região em honra ao n´gola, aliado de Portugal.
Arábia Saudita (الإمارات العربية المتحدة - 'al-'Arabiya ass-sa’udiyya): “saudita” procede da família “al-Sa'ud”, que fundou o país e ainda o governa.
Argentina: derivado do latim “argentum”, que significa “prata”. Os primeiros exploradores e comerciantes espanhóis e portugueses usaram a região do “Rio de la Plata” (Rio da Prata) para transportar prata e outros tesouros provenientes do Peru. As terras em torno da foz do Rio da Prata acabaram ficando conhecidas como Argentina, “terra da prata”.
Austrália: “terra desconhecida do sul”, do latim “terra australis incognita”. Os primeiros exploradores europeus, percebendo que o continente australiano excedia em muito o tamanho que eles haviam mapeado, deram à região um nome descritivo genérico. O explorador Matthew Flinders (1774-1814), o primeiro a circunavegar o continente, usou o termo “Australia” em sua publicação. Anteriormente exploradores neerlandeses se referiam ao continente como “Hollandia Nova” (Nova Holanda).
Bélgica: do nome de uma tribo celta, os “belgae”. Possivelmente, ainda mais antigo, do proto-indo-europeu “*bolg”, que significa “bolsa” ou “útero”, indicando descendência comum e, portanto, provavelmente seguido de algum adjetivo original desconhecido.
Bermudas (território do Reino Unido): recebeu esse nome do explorador espanhol Juan de Bermudéz que descobriu as ilhas em 1503.
Bolívia: de Simón Bolívar (1783-1830), libertador de alguns países sul-americanos do domínio colonial espanhol e primeiro presidente boliviano após a independência em 1824. Seu sobrenome, Bolívar, procede de La Puebla de Bolibar, uma vila em Viscaya, Espanha.
Brasil: da árvore de pau-brasil (Caesalpinia echinata), chamada pelos índios de “pernambuco”, abundante na mata atlântica no período colonial português e extraída até quase a extinção, que por sua vez foi assim chamado por causa da sua madeira avermelhada, da cor de brasa (“brasil” em Portugal).
Camarões: da designação pelos exploradores portugueses para o rio Wouri dada no século XV, “rio de Camarões”, devido à abundância desse crustáceo em sua foz.
Canadá: de “k'anata”, que significa “pequena povoação” ou “a vila” no idioma algonquiano (referindo-se a Stadona, um povoado próximo a onde hoje está a cidade de Québec).
Chile: o exato significado é desconhecido. Possivelmente pode derivar de um termo araucaniano que significa “as profundezas”, uma referência ao fato de a Cordilheira dos Andes se precipitar drasticamente sobre a estreita faixa costeira. A palavra quéchua ou mapuche “chili/chilli” que significa “onde a terra termina/onde a terra vai embora/limite do mundo” também pode ser uma possível derivação. Outra possível origem é a palavra nativa “tchili”, que significa “neve”.
China: A dinastia “chin” conquistou todo o resto da China moderna, acrescentando o "a" no final significa "terra dos Chin" China.
Cuba: da palavra taino “cubanacan”, que significa “lugar central”. Em Portugal, muitos acreditam que o nome proceda da cidade portuguesa de Cuba, especulando que Cristóvão Colombo fez a ligação.
Espanha: do fenício אי שפנים ʾÎ-šəpānîm, “ilha dos hiraxes”. Os colonizadores fenícios encontraram coelhos em abundância e as confundiram com os hiraxes (pequeno mamífero do norte da África), nomeando a terra no dialeto canaanita. Os romanos, que falavam latim, adaptaram o nome para “Hispania”, do qual derivam os nomes nas línguas ocidentais.
Etiópia ( - Ithiyopiya): do latim “Aethiopia”, significando “terra dos negros” ou mais especificamente “terra das faces queimadas”, com suas raízes do grego αἴθειν “ aíthein”, “queimar”, e ὤψ “ṓps”, “face, rosto”.
França: “terra dos francos”. Literalmente “terra dos homens livres”.
Holanda: do germânico “holt”, “coberto de árvores”, e “land”, “terra”. O nome em holandês Nederland também procede do germânico e significa "terras baixas". Daí a outra denominação em português: Países Baixos.
Hungria: da palavra turca “on-ogur”, “(povo das) dez lanças”, ou em outras palavras, “aliança das dez tribos”. Assim chamado depois que sete tribos magiares e três tribos cazares se assentaram na região. O etinônimo latino “hunni” (referindo-se aos hunos), influenciou as formas latinas para o nome do país.
Irã: “terra do arianos” ou “terra da liberdade”. O termo “arya” deriva do proto-indo-europeu, e geralmente carrega o significado de “nobreza” ou “liberdade”, cognato com a derivação grega “aristocrata”.
Iraque: da cidade da antiguidade de Uruk, próxima do rio Eufrates. Acredita-se que tenha sido a maior e mais importante cidade sumeriana (dessa forma a maior do mundo na época). Outra teoria sugere que derive de “Irak”, que nas antigas línguas iranianas significa “pequeno Irã”. É importante notar que os nativos da região ocidental do atual Irã também chamam sua região de “Iraque Persa” há muitos séculos.
Itália: do latim “Italia”, nome que passou ao latim de uma fonte não latina. É provável que a etimologia do nome “Itália” esteja relacionada à palavra do grego antigo “italos” (touro), do proto-indo-europeu “*wet”. A palavra grega segue as mudanças sonoras do proto-indo-europeu para o grego, mas a equivalente latina (“vitulus”) (touro jovem, bezerro) para essa raiz não o faz. Os falantes da antiga língua osca chamavam a Itália de “Viteliu”, da mesma raiz do proto-indo-europeu “*wet”. O escritor Varro escreveu que a região recebeu esse nome da excelência e abundância desse gado (“italos”, “touro”, por conseguinte, “Italia”). Alguns discordam dessa origem.
Jamaica: da palavra indígena taíno / arawak “Xaymaca” ou “Hamaica”, “terra da água e da madeira” ou talvez “terra da primavera”.
Kuwait (الكويت - al-Kuwait): do diminutivo árabe para “Kut/Kout”, que significa “fortaleza construída próxima da água”.
Líbano (لبنان - al-Lubnan): da palavra semítica “laban”, “branco”, em referência à neve nas montanhas do Líbano.
Marrocos: do espanhol “Marruecos”, pronúncia espanhola para o nome da cidade de Marraquexe (“Marrakech”), que se acredita derivar das raízes das línguas bérberes “tamart”, “terra”, e “akush”, “Deus”; em árabe مراكش (marrākiš).
México: do ramo mexica dos astecas. A origem do termo “mexxica” é incerta. Pode ser a palavra do antigo nahuatl para “sol”. Outros afirmam que derive do nome do líder “Mexitli”. Já outros simplesmente o relacionam com um tipo de erva que cresce no lago Texcoco. O estudioso Leon Portilla sugere que signifique “umbigo da Lua” das palavras nahuatl “metztli”, “Lua”, e “xictli”, “umbigo”. Alternativamente, poderia significar “umbigo do maguey”, de “metl”. (maguey é um tipo de bebida mexicana).
Noruega: do norueguês antigo “norðr”, “norte”, e “veg”, “caminho”. O nome norueguês “Norge” deriva das raízes “norðr” e “rike”, “reino do norte”. “Norðrveg” é uma referência à longa passagem costeira do ponto extremo oeste da Noruega às terras mais ao norte do Ártico.
Paraguai: o exato significado da palavra permanece desconhecido, podendo derivar do rio do mesmo nome. Um dos mais comuns significados atribuídos é que signifique “água dos Payagua”, Payagua sendo uma das tribos nativas. Um outro significado é que derive das palavras nativas “paragua” e “i” que significam “rio coroado”.
Portugal: O nome deriva de Portus e Calem o nome latino das duas localidades na foz do Douro, actualmente Porto e Vila Nova de Gaia, que dariam também o nome ao Condado Portucalense, o predecessor do Reino de Portugal. Outra origem do nome procede do latim “Portus”, “porto” e o nome do porto romano de Cale (hoje a cidade do Porto), situado no local da antiga colônia grega de “Calle” (“lindo” em grego). O nome composto “Portugal” deriva do nome do “Portus Cale”.
Rússia (Россия): de um grupo varangiano conhecido como “povo rus'” e do estado da Rus' de Kiev que contribuiu para a fundação da Rússia. Os estudiosos soviéticos não gostam de atribuir as bases do antigos eslavos orientais a dinastias escandinavas (varangianos) particularmente em comparação a grupos eslavos, e então, naturalmente, insistem que o termo “Rossija” derive do rio Ros próximo a Kiev.
Suécia: do inglês antigo “Swede”. Certamente deriva do norueguês antigo “Sviþjoð”. A etimologia do primeiro elemento, “Svi” está ligado à raiz do proto-indo-europeu “*suos” (“pertencente à nossa família”). O último elemento, “þjoð”, significa “povo”. O nome sueco moderno Sverige deriva de “Svia Rike”, “Reino dos ‘Swede’, evoluindo através do dinamarquês.
Suíça (Schweiz - Suisse - Svizzera - Svizra): do cantão de Schwyz, provavelmente derivado do alto alemão médio “schweitz”, que significa “pântano”.
Turquia: a palavra “Türkiye” pode ser dividida em duas partes: “türk” que se refere à “força” em turco e habitualmente é usada para designar os habitantes da Turquia ou os membros da nação turca; o sufixo árabe “iye” que significa “dono, proprietário”. A raiz “türk” é comummente usada entre as antigas tribos altaicas, sendo comum entre os modernos habitantes do Turcomenistão.
Uruguai: do rio Uruguai (realmente o nome oficial do país é “República Oriental do Uruguai”, com “oriental” representando a posição do território em relação ao rio). A palavra “uruguai” deve derivar da palavra guarani “urugua” que significa “rio dos caranguejos”. Outra possível explicação divide a palavra “uruguai” em três palavras do guarani: “uru”, um tipo de pássaro que vive próximo ao rio, “gua”, “que procede de” e “y”, “água”.
Venezuela: “pequena Veneza”, de uma forma de diminutivo para Veneza. As palafitas nativas construídas no lago Maracaibo impressionaram os primeiros exploradores europeus, Alonso de Ojeda e Américo Vespúcio e os fez lembrar dos edifícios de Veneza.
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